Iniciando uma série de postes
sobre paradigmas científicos (convicções cientificas) que foram quebrados nos últimos
anos.
Hoje venho falar da célula
fundamental para o sistema nervoso: o neurônio.
Há muito tempo atrás diversas teorias biológicas
e fisiológicas acreditavam que o neurônio era indivisível, portanto isso
implicava em uma certa quantidade definida na idade adulta, certo? Era o que se
acreditava, pois nunca em laboratório um neurônio conseguiu se dividir a partir
de outro (processo chamado de mitose), deparei com inúmeros livros na educação
básica (ensino médio e fundamental) que afirmavam que o neurônio era indivisível,
ta, maravilha, até no famoso livro do Junqueira & Carneiro afirmava isso.
Junqueira e Carneiro: neurônios divisíveis?
Tudo bem, não vamos culpar o pessoal, mas esse
paradigma foi quebrado graças a Herbert Viana, lembra daquele acidente de avião
que ele sofreu? Então Herbert perdeu as áreas cerebrais relacionadas à vocalização,
ou seja, não podia mais cantar, pois sofreu um traumatismo craniano que interrompeu
o fluxo sanguíneo para determinada área.
Herbert Viana: Sua persistência fez neurônios se dividirem
Quando Herbert recuperou a consciência
soube que não poderia mais cantar, ele tentou de várias maneiras, mas foram em
vão, um certo dia Herbert percebeu que estava começando a cantar novamente
(mesmo com a área lesada), pois bem, um grupo de cientistas resolveu investigar
e descobriu que as “tentativas” de cantar dele fez outros neurônios se
excitarem (capacidade de reagir aos
estímulos) e de dividirem por mitose, a partir daí Herbert que “havia
perdido” neurônios relacionados ao canto os recuperou.
Um novo paradigma se
instaurou: NEURÔNIOS SÃO DIVISÍVEIS SE ESTIMULADOS MUITO.